Já não é novidade que a necessidade de inovação tem causado impacto em diversas empresas, tradicionais. Na prática, elas precisam se reinventarem por meio da oferta de ambientes colaborativos, pautados na valorização da cocriação e criatividade. Ao que tudo indica, a tônica deve ser ainda mais enfatizada daqui para a frente. Nesse contexto, a aprendizagem dialógica exerce um papel fundamental.
Entre outros pontos, o processo demonstra que o ato de inovar não se resume a criar dispositivos tecnológicos e revolucionários. Mais do que isso, auxilia os colaboradores a desenvolver soft skils, como trabalho em equipe, resiliência, comunicação e adaptabilidade etc.
Com profissionais melhores, as chances de os resultados superarem as expectativas iniciais são significativas. Mas o que vem a ser, afinal, essa aprendizagem dialógica e como ela promove o sucesso da transformação digital nos negócios? Descubra essa e outras respostas nas próximas linhas!
A aprendizagem dialógica é uma metodologia baseada no convívio em grupo, no diálogo e no respeito dado às culturas e aos conhecimentos dos indivíduos.
A grande questão é que aquelas que são bem-sucedidas, ao ponto de se transformarem em referências em inovação e tecnologia, buscam soluções efetivas para eliminar entraves que aparecem pelo caminho. Na prática, elas fornecem os meios necessários para que os seus colaboradores consigam encontrar saídas criativas e eficientes.
Não basta ter excelentes profissionais se faltam dispositivos que colaborem, de fato, para que eles maximizem as suas habilidades em prol dos objetivos da organização. Nesse sentido, a aprendizagem dialógica cumpre um papel central e decisivo.
Tudo isso porque ela tem a capacidade de ampliar o engajamento individual e, ao mesmo tempo, de gerar maior aproximação entre os membros de uma equipe. A base do método revitaliza a relevância do diálogo para uma convivência sadia, responsável por proporcionar incríveis trocas de conhecimento. Em um médio e longo prazo, isso faz toda a diferença nos rumos tomados pela empresa em direção a um crescimento satisfatório e, acima de tudo, sustentável.
De modo geral, a aprendizagem dialógica é estruturada em sete pilares, os quais serão abordados na sequência.
Por mais que a elaboração e a apresentação de determinado projeto sejam impecáveis, a materialização dos objetivos depende da participação individual dos integrantes da equipe. Fato é que a dedicação esperada só aparece quando existe um propósito por trás de tudo e, simultaneamente, há identificação individual com ele.
Nesse caso, vem à tona a importância de abrir espaço para o posicionamento de todos que fazem parte da construção do projeto. Independentemente de posição hierárquica, é fundamental que as falas sejam ouvidas com atenção e que haja um real interesse por parte dos ouvintes.
Para tanto, faz-se necessário que o ambiente seja aberto ao compartilhamento de impressões ou sugestões de ideias. Em vez de haver a monopolização de monólogos, a prática do diálogo igualitário realça o poder de saber ouvir e, com isso, de valorizar o que cada um tem a dizer.
Outro aspecto da aprendizagem dialógica se refere à necessidade de agirmos como agentes transformadores da realidade na qual estamos inseridos. Na empresa, a qualidade e a variedade das interações efetuadas entre colaboradores são determinantes nesse processo de transformação.
Também é necessário entender que a mudança propriamente dita é antecedida por variações e projeções de cenários, que representam as possibilidades válidas disponíveis.
Essa vertente de inteligência compreende o respeito à história e às experiências de cada indivíduo, responsáveis por moldá-lo. A ideia consiste em usar essa contribuição em prol de uma relação interpessoal mais produtiva e favorável ao desenvolvimento de ambientes de inovação.
Em uma linha de raciocínio complementar à anterior, a igualdade de diferenças acentua a necessidade de valorizar os benefícios proporcionados pela pluralidade nas equipes e grupos de trabalho.
Somada aos demais fatores elencados, a prática cotidiana de um relacionamento solidário reforça os laços entre integrantes do grupo. Isso significa que o clima se torna propício para a realização de um trabalho pautado no auxílio recíproco.
Em outras palavras, os participantes adquirem o hábito de se mostrarem dispostos a oferecer e a receber ajuda quando necessário. Desse modo, todo mundo sai ganhando, principalmente a empresa em si.
Por fim, a aprendizagem é igualmente movida pela realização constante de pesquisas e debates. Ambos devem ser fomentados diariamente, a fim de que a busca por soluções faça parte da rotina de trabalho das equipes. Pense no seguinte: sobre quais assuntos o seu time quer estudar e debater?
O grande obstáculo reside na resistência a mudanças por parte dos colaboradores. Acostumados ao modelo convencional, os funcionários costumam apresentar dificuldade de adaptação à implantação da aprendizagem dialógica.
Por isso, o método precisa ser incorporado aos poucos e de forma planejada. O primeiro passo, inclusive, é justamente exibir as vantagens de aplicação do processo. Assim, a motivação para que as pessoas participem é muito maior.
Cabe à empresa apoiar os funcionários durante todo o processo de retirá-los de suas zonas de conforto. O intuito consiste em permitir que cada colaborador seja o protagonista do seu aprendizado e das interações.
Os projetos realizados dentro da organização que seguem a base da aprendizagem dialógica trazem impactos no sistema imunológico. Desse modo, o suporte da alta gestão ao longo do processo é essencial.
Alinhada aos princípios da aprendizagem dialógica, o Programa ExO (uma célula de inovação) é a "prova viva" de que esse é o caminho para aumentar o desempenho das empresas. Ao agrupar pessoas com formações e de departamentos distintos, a iniciativa otimiza o desenvolvimento individual e de equipes. O resultado final se traduz em uma rica troca de conhecimento em prol da criação de soluções em startups.
A intenção é fazer com que, diante de desafios diversificados, os profissionais escalados consigam trazer aplicações viáveis para as demandas do presente e do futuro. Durante a imersão do Programa ExO, os colaboradores convivem em um ecossistema de inovação, saindo com bagagem para seguir disseminando a cultura de inovação dentro de suas organizações
Com uma boa dose de colaboração mútua e com estímulo à criatividade e à inovação, acreditamos que as empresas podem ampliar o seu grau de competitividade no mercado em que atuam. Isso depende, é claro, da conexão não apenas entre dispositivos tecnológicos, mas sobretudo entre pessoas. Nesse sentido, aplicar os conceitos da aprendizagem dialógica é vital para o sucesso da organização — incluindo aquelas inseridas no contexto da indústria 4.0.
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