Em meio à era da transformação digital, é cada vez mais essencial que as empresas — independentemente do segmento — implementem ferramentas tecnológicas para manter a produtividade e a relevância no seu ramo de atuação. Afinal, avanços surgem a todo momento e, no mesmo ritmo acelerado, dão lugar a novas soluções, em um cenário de constantes mudanças. Na verdade, trata-se de uma questão de sobrevivência. A grande questão diz respeito a quanto a tecnologia pode se mostrar uma aliada, auxiliando setores e negócios a saírem do lugar-comum. A inovação deve ir além da mera automatização dos processos e provocar uma verdadeira revolução no mercado, ou até impulsionar o nascimento de um nicho. As Deep Techs têm, justamente, essa proposta. Continue a leitura do post e entenda mais detalhadamente o que são, como funcionam, quais são as suas principais características, como podem ajudar você a inovar, entre outros pontos-chave!
Inicialmente, é interessante destacar que o termo "Deep Tech" é atribuído à CEO da Propel(x) — Swati Chaturvedi. A empreendedora entende que a função de uma Deep Tech é, basicamente, tornar "tangíveis" inovações de engenharia e descobertas científicas. A finalidade é aplicar a tecnologia na criação de soluções consideradas pioneiras, que objetivam auxiliar na resolução de questões sociais crônicas. Em outras palavras, as Deep Techs podem ser conceituadas como empresas — startups, em sua grande maioria — que aplicam pesquisas tecnológicas de alta complexidade. Elas visam à proposição de soluções inéditas para grandes desafios, como problemas climáticos, acesso desigual à educação, doenças, etc., ou ao impulsionamento da transformação. Além disso, a mesma expressão é estreitamente associada à Hard Technology (ou "tecnologia profunda", em livre tradução). Assim, também aponta para ecossistemas e/ou organizações que têm como proposta "destrinchar" tecnologias complexas para a entrega de soluções de elevado impacto. Por essa razão, normalmente, as Deep Techs nascem em universidades ou laboratórios, das mãos de pesquisadores e cientistas comprometidos com a aplicação do próprio conhecimento em prol da expansão das possibilidades preexistentes no mercado. Na prática, elas funcionam promovendo uma espécie de ponte entre os investidores e a ciência considerada "difícil e complexa". Isso indica que o processo de pesquisa tecnológica pode se tornar um negócio e, como plus, transformar o mundo.
Em linhas gerais, uma Deep Tech é marcada pelas seguintes características:
É importante pontuar que as Deep Techs podem ser consideradas um passo evolutivo. Afinal, já não se trata exclusivamente do avanço tecnológico por si só, mas do direcionamento que os recursos recebem. Nesse contexto, naturalmente, o aprimoramento da computação, da engenharia e da ciência para além dos limites atualmente conhecidos é essencial, até mesmo, para ser viável garantir soluções novas e mais poderosas. No entanto, ainda mais relevante do que isso é a aplicação a favor da promoção de grandes impactos na sociedade — que é justamente onde entram as Deep Techs. Não há dúvidas de que estamos falando de uma tendência de âmbito global. O atual imperativo do planeta, que já se volta para o avanço no que se refere a questões urgentes de cunho socioambiental, só reforça essa perspectiva. Além disso, não faltam oportunidades de inovação. Porém, é possível apontar como as áreas mais promissoras:
As empresas devem visualizar a oportunidade de utilizar a tecnologia não somente para o aumento da eficiência operacional ou para a entrega de uma experiência mais positiva ao cliente. Elas precisam, principalmente, elevar os seus impactos positivos sobre a vida das pessoas. Assim, poderão gerar uma conexão bem mais profunda com o seu público-alvo, transformando-os em embaixadores da sua marca. Isso, por sua vez, é determinante para a competição no âmbito mercadológico. No entanto, para contar com essa tecnologia na empresa, de acordo com um levantamento feito pela Boston Consulting Group, entre outras medidas, é necessário:
Uma Deep Tech materializa a união entre profundas pesquisas científicas e negócios. Isso desperta significativamente o interesse de investidores e do próprio mercado, em razão do grande potencial revolucionário para o "redesenho" do futuro. Portanto, embora existam desafios, a chance de transformar setores, companhias e, até mesmo, a vida na coletividade, com o suporte do know-how e da tecnologia, é estimulante. Provavelmente é isso que levará as Deep Techs a uma posição de evidência ainda maior nos anos que virão. A leitura foi produtiva? Então, que tal conferir também o nosso post sobre as principais categorias de startups e descobrir como montar a sua?