Saiba o que é a economia criativa e qual a sua importância

Apesar de surgir na década de 1990, foi somente cerca de 10 anos depois que a economia criativa começou a tomar forma e relevância. O conceito está ligado a modelos de negócios pautados, essencialmente, na criatividade e inovação. Existe ainda um terceiro pilar: a tecnologia, que ganhou ainda mais destaque devido ao desenvolvimento recente de novas soluções. A ascensão da economia criativa é intensa e está na linha de frente do movimento global de desenvolvimento de diferentes tipos de inovação. Embora todo esse processo tenha se iniciado com o propósito de impulsionar o setor artístico e cultural, ele já marca presença em diversos outros nichos do mercado. Para conhecer esses setores e entender como eles se relacionam com a economia criativa, basta continuar com a gente na sequência!

O que define a classificação de uma atividade econômica como criativa?

Antes de apresentar os segmentos que mais brilham no meio criativo, vale a pena especificar os critérios que justificam a categorização dessas atividades econômicas. De modo geral, um setor pertence à economia criativa a partir do momento em que ele passa a concentrar uma maioria de profissionais criativos. Mas o que determina tal característica? Basicamente, cinco critérios:

  • habilidade de solucionar problemas por meio de tecnologias inovadoras;
  • presença (humana) densa e imprescindível para a realização das tarefas;
  • produção única ao término de cada processo produtivo;
  • contribuição para a ampliação da cadeia de valor do core business do negócio;
  • criação e inovação legítimas, ou seja, não dependentes de imitações.

A ideia consiste em utilizar, pelo menos, quatro desses cinco aspectos para definir se uma atividade é, de fato, criativa.

Qual é a relação entre economia criativa e economia colaborativa?

Envolvida nas mais variadas etapas de diversificação dos modos de produção, a economia criativa é indispensável para estimular ações amparadas em princípios de sustentabilidade. Nesse sentido, ela desenvolve uma relação próxima da sharing economy — economia compartilhada em português. Dois grandes expoentes desse compartilhamento são a Uber e o Airbnb, que transpiram inovação desde o início de sua chegada ao mercado. Essa ideia de substituir a clássica posse pela utilização temporária (e suficiente) de um serviço ou produto é revolucionária. Ela comprova que é possível realizar algumas atividades de maneira realmente diferenciada e melhor. Trata-se, praticamente, de um resgate da própria definição de inovar: fazer algo de um jeito mais ágil e efetivo. Não à toa, o sucesso da implantação de ambientes de inovação nas empresas está atrelado ao incentivo à colaboração, e não à competitividade em si. Coerentes com essa tendência, formatos que intensificam o trabalho em equipe, como o Business Model Canvas, são cada vez mais usados.

Quais são os principais setores associados a ela?

Hoje, temos uma verdadeira indústria criativa, formada de nichos que podem ou não se correlacionarem. Todos, de uma forma ou outra, desempenham um importante papel no processo de desenvolvimento das sociedades nas quais estão inseridos. Vamos a três deles!

Arquitetura e urbanismo

Reconhecida como um dos eixos centrais da economia criativa, arquitetura e urbanismo é uma área que marca presença em todas as sociedades. Além disso, trata-se de um setor que exerce uma profunda conexão com outros segmentos relevantes do mesmo grupo econômico, como:

  • arte;
  • audiovisual;
  • design;
  • moda;
  • propaganda;
  • marketing.

A área de arquitetura e urbanismo dialoga com todos esses nichos o tempo todo e de maneiras distintas. Também mantém um elo forte com o empreendedorismo e a adoção de novas soluções. Enquanto softwares avançados otimizam o processo de criação em si, a evidência de certas tecnologias emergentes indica qual é o caminho a ser seguido. Importante ressaltar que existem vários projetos de cidades inteligentes em andamento. A contribuição dos criativos de arquitetura e urbanismo na composição de espaços gastronômicos coletivos ou dedicados a exposições artísticas é fundamental. Ao mesmo tempo, esses são os especialistas responsáveis por proporcionar meios de mobilidade mais efetivos e alinhados à dinâmica da vida moderna. Esse conjunto de encargos exige uma boa dose de competência, experiência, visão de futuro e, é claro, criatividade. Por fim, também vale salientar que os projetos arquitetônicos e urbanísticos são vitais nas etapas de restauração e preservação de patrimônios históricos e culturais. Por meio deles, gerações futuras têm assegurada a oportunidade de conhecer o passado em sua forma original ou o mais próxima disso.

Arte e cultura

Basta olhar ao redor para notar do que é feita uma sociedade. Nenhuma delas, sem qualquer exagero, sobrevive sem arte e cultura. Além de abrigar um enorme contingente de profissionais, esses setores propiciam momentos de lazer, entretenimento e reflexão sobre o próprio meio social. O primeiro momento chama a atenção para o aspecto financeiro, já que arte e cultura também movimentam o mercado econômico de qualquer país. O segundo, associado aos benefícios da área, revela que ninguém suportaria sua existência sem o convívio com algum tipo de arte. Tentar imaginar a vida sem música, fotografia, teatro, cinema e museus, por exemplo, chega a ser inconcebível. Como se costuma ouvir no meio publicitário, existe a hora de criar e o momento de contemplar. As pessoas que produzem necessitam de gerenciamento de tempo para usufruírem de intervalos tanto durante o horário de trabalho quanto nos períodos em que estiverem fora dele.

Design

Design nos lembra da experiência do usuário (UX), tão em voga ultimamente. Logo, trata-se de uma área voltada a decifrar e a compreender quais são as verdadeiras necessidades de diferentes públicos. Por essa razão, é um segmento profundamente vinculado com as fases de inovação de produtos ou serviços. A fim de cumprir o propósito de aumentar o grau de satisfação dos clientes e, assim, fidelizá-los, os profissionais de design permanecem atentos a qualquer movimento do mercado. Eles precisam visualizar não somente o que vem por aí, mas também descobrir quais métodos e ferramentas podem agregar valor ao seu processo criativo. A ênfase dada ao usuário fez com que as empresas passassem a desenvolver ou remodelar seus serviços ou produtos a partir de outra ótica. Entre outras coisas, isso facilitou a visualização de novas oportunidades de negócio e expansão da atividade da organização. Essas são apenas três áreas que constituem o que se convencionou chamar de economia criativa. A elas, somam-se muitas outras, como moda e desenvolvimento de softwares. Como você pode ver, há um elo que mantém todas elas permanentemente interligadas. Afinal, só para considerar os últimos exemplos, programas de computadores são usados para criar ou finalizar desenhos de moda. Quer saber mais sobre o papel da inovação nesses e em outros setores da economia de hoje e de amanhã? Assine a nossa newsletter e receba nossos conteúdos exclusivos diretamente na sua caixa de e-mails!