Promover a jornada da transformação digital e cultural de uma empresa parece algo relativamente simples. Na prática, entretanto, as coisas tendem a se revelar bem mais complicadas do que pareciam em teoria. Isso porque acontece uma falta de sintonia entre o investimento em inovação e os objetivos almejados. A solução do impasse depende invariavelmente de um ótimo modelo de gestão, como o proporcionado pelo chamado método OKR. Basicamente, a metodologia concede consistência ao desenvolvimento do negócio com base em uma reestruturação de processos. Não é à toa que essa ferramenta é mais um dos segredos usados por organizações que esbanjam bons resultados, responsáveis por alavancar o crescimento. Mas o que é exatamente esse método OKR e como aplicá-lo à realidade da sua empresa? Descubra com a gente a partir de agora!
OKR é uma sigla para Objetivos e Resultados-Chave (também chamados de indicadores), em português. Os objetivos são qualitativos e se referem exatamente ao alvo buscado pela empresa e aonde ela pretende chegar. Já os resultados-chave assumem um caráter quantitativo, traduzindo, em números, qual foi o alcance real dentro de determinado período. Fruto de uma pesquisa de desenvolvimento da Intel, o mecanismo ficou famoso após ser colocado em prática por ninguém menos do que o Google. Porém, a empresa ainda estava um pouco longe de alcançar o patamar que exibe hoje. De qualquer forma, se o Google foi tão longe com a ajuda do OKR, esse fato já é bem estimulante, não? O problema, aqui, é que muitos gestores tendem a simplesmente desistir do método OKR. A conclusão, nesses casos, costuma ser a seguinte: “isso só deve servir para megaempresas, como o Google. Na verdade, esse é um grande equívoco, pois o intuito desse dispositivo de gestão consiste em:
Como essas conquistas fazem parte das projeções de qualquer organização que visa o sucesso, elas também se aplicam ao seu negócio.
Em um modelo de gestão comum, o processo é bem vertical. Assim, os diretores se reúnem e definem não só as metas e objetivos ideais, mas igualmente as ações a serem tomadas para atingi-los. Em seguida, o plano é repassado aos gerentes de cada setor. Cabe a eles fazer com que os membros de seus times assimilem o planejamento e colaborem para atingir os resultados desejados. No modelo OKR, os colaboradores ganham posição de destaque porque se tornam os responsáveis por elaborar a melhor rota rumo ao destino escolhido. Naturalmente, toda essa liberdade precisa ser acompanhada da disponibilidade de sistemas e ferramentas adequadas para que o plano se concretize.
Talvez o método OKR seja o detalhe que falta para ampliar a produtividade das equipes multidisciplinares da sua empresa. Além dessa conquista, existem ainda pelo menos duas outras vantagens que merecem destaque e que são apresentadas logo abaixo.
De modo geral, as pessoas que fazem a empresa acontecer começam a se sentir mais importantes e, portanto, valorizadas. Entre outras coisas, essa mudança favorece a maior aproximação e identificação com o propósito organizacional. O resultado é um conjunto de colaboradores muito mais motivados e dispostos a dar o melhor de si para suas equipes e, consequentemente, para a organização em si.
Para que o plano de transformação digital da sua empresa seja bem-sucedido, é necessário que as estratégias não fiquem restritas à alta cúpula da organização. Uma profunda e verdadeira mudança de cultura depende de uma maior transparência. Ao impulsionar a criação e manutenção de ambientes de trabalho colaborativos, o método OKR também é excelente para tornar os processos mais transparentes e acessíveis às pessoas envolvidas em diferentes projetos.
Assim como acontece com outras metodologias, o OKR começa a ganhar corpo após o cumprimento de determinadas etapas.
Em primeiro lugar, é indispensável que a organização saiba exatamente aonde ela quer chegar. Nesse sentido, os objetivos principais devem ser abrangentes e com período limite definido para serem alcançados. Então, se a ideia é ser uma referência de mercado, qual seria um tempo viável para isso?
Além de claras, as metas devem ser — como sempre, inclusive — viáveis e compatíveis com a quantidade de pessoas e infraestrutura disponível para que sejam buscadas. Logo, é preciso verificar se os tipos de inovação já implantados são suficientes e, ao mesmo tempo, se é necessário contratar novos profissionais.
Em vez de simplesmente informar que um novo modelo de gestão deverá ser incorporado pelos departamentos, explique as razões que motivaram esse processo de mudança. Aliás, a ausência desse cuidado é incoerente com uma proposta que visa aumentar o poder de participação e autonomia dos colaboradores.
Via de regra, cada objetivo comporta até 4 indicadores-chave mensuráveis, algo vital para acompanhar o desempenho das ações definidas para conquistar as metas e objetivos traçados. Como exemplo, considere que um dos objetivos consiste em aprimorar a qualidade do suporte oferecido aos clientes. Nesse caso, alguns indicadores seriam:
À medida que se avalia as métricas atreladas aos objetivos, é possível reavaliar as metas de acordo com as circunstâncias. A partir daí, é necessário recalcular as rotas previamente definidas ou redefinir os alvos, já que existem fatores externos incontroláveis que comprometem os resultados projetados. Esse é um resumo de como implantar a metodologia OKR, ideal para melhorar a escalabilidade da sua empresa e, consequentemente, ampliar o diferencial competitivo dela no mercado. Quer uma inspiração final para acreditar no potencial desse modelo de gestão? O método OKR já é usado por diversas organizações ao redor do mundo, como Amazon e Microsoft. Na primeira, o dispositivo foi decisivo no processo de barateamento e otimização das transações online. Na segunda, ele descentralizou e flexibilizou o gerenciamento das equipes. Já pensou em como o método OKR pode ajudar na remodelação de processos da sua empresa? Comente aqui embaixo o que acha da ideia!