Ao elaborar um plano de negócios para sua startup, você precisa considerar uma série de aspectos. Entre eles está o MVP (Minimum Viable Product), sigla que, em português, significa Produto Mínimo Viável. Além de validar a ideia do seu negócio por meio do Proof of Concept (PoC), é igualmente necessário usar o MVP para testar a solução, na prática. O detalhe é que, como o próprio nome indica, a ideia consiste em simular o lançamento de um produto ou serviço com menor investimento possível. Desse modo, a empresa tem uma noção mais próxima da realidade quanto à recepção do público quanto à solução criada. Caso tudo tenha sido um grande sucesso, toda a estrutura projetada é acionada. O grande porém disso tudo gira em torno de como fazer um MVP corretamente, dúvida comum entre muitos gestores de startups. Se esse é o seu caso, veja como realizar o processo em 8 etapas!
A seguir, comentamos todos os fatores que precisam ser considerados durante a criação de qualquer MVP.
Em primeiro lugar, defina a proposta de valor do seu negócio, a mesma que aparece em destaque no seu Business Model Canvas. Um bom MVP sempre deve conseguir fornecer respostas convincentes a respeito de alguns pontos. Essa oferta de valor precisa ser desenvolvida com base em uma necessidade do público-alvo. Ela deve, de fato, resolver um ou mais problemas enfrentados pelo cliente em potencial da empresa. No entanto, essa etapa não para por aí. Afinal, é possível que existam concorrentes que comercializem itens parecidos e que já tenham algum tempo de mercado. Nesse contexto, sua proposta de valor deve indicar quais são os diferenciais que ela proporciona aos consumidores. Se tudo é uma questão de escolha, o que faria alguém optar pela marca da sua empresa, em vez de continuar como cliente de outra marca? Esse tipo de questionamento ajuda a delinear o MVP, deixando-o com uma estrutura sólida lá na frente, quando chegar o momento de colocá-lo à prova.
Um dos equívocos mais frequentes relacionados à criação do MVP deriva do excesso de funcionalidades e recursos aplicados. Se a intenção é elaborar uma versão enxuta do produto ou serviço, não faz muito sentido abarrotar o mecanismo de teste com muitas features. Ao menos por enquanto, elas são desnecessárias. Isso significa que a solução precisa ser simplificada ao máximo. Tenha em mente que o MVP serve apenas para verificar o desempenho da solução perante o público, e não para apresentar a versão final dela a ele. Esse aspecto é extremamente importante, pois o perfeccionismo na hora errada tende a encarecer o MVP. Descaracterizado, ele perde sua utilidade. Você e suas equipes multidisciplinares não só podem como devem ter em vista quais são as possibilidades de aprimoramento da solução. A aplicação desses aperfeiçoamentos, entretanto, fica para o momento oportuno.
Conforme o que foi dito no fim do tópico anterior, é comum que apareçam dúvidas quanto à definição da primeira versão do produto. Para facilitar a escolha, parta do básico. Assim, considere quais partes são realmente vitais para o funcionamento da solução segundo o modo como ela foi concebida e desenvolvida. Aqui, talvez você se depare com a falta de algumas funcionalidades, necessárias para a construção de um MVP ideal. Essas features devem ser separadas em categorias, assim como acontece com outras funções ou recursos que só ganharão vida na ocasião apropriada.
Nesse ponto, chamamos a atenção para a seleção das pessoas adequadas para testar a solução do negócio. Isso explica a relevância de ter muita calma na elaboração das personas, que representam exatamente o perfil de cliente ideal para a empresa. A confiabilidade dos resultados gerados pelo MVP está profundamente ligada às impressões registradas por quem, de fato, tem interesse pela oferta. Isso porque são essas pessoas que costumam mencionar opiniões sinceras e valiosas quanto ao que falta melhorar para conquistar sua aprovação.
Outro fator que interfere na qualidade dos resultados coletados é o tempo destinado à testagem do MVP. Apenas a título de exemplo, se um restaurante planeja experimentar alguns pratos novos no cardápio, os clientes assíduos precisam de tempo para prová-los. No caso, você considera não somente a opinião do público principal do negócio, como dá a chance para que a maior parte dele experimente as novidades. Por outro lado, encontrar o equilíbrio é essencial, pois períodos muito longos de testes podem causar prejuízos ou comprometer o próprio lançamento. Avalie o tempo mínimo e máximo conforme as peculiaridades da solução e o volume aceitável de respostas qualificadas para efetuar uma análise aprofundada.
Imagine que alguém deseja criar uma loja virtual do zero, ou seja, com uma marca totalmente desconhecida do público. Por melhor que seja a estratégia e a gestão de marketing, é recomendável testar o desempenho do catálogo escolhido para o lançamento antes de apostar todas as fichas nele. O raciocínio se aplica a qualquer modelo de negócio e nicho de mercado. Afinal, não há nada que supere o mundo real, pronto para dar algumas lições sobre expectativa versus realidade.
Esse é o período em que as informações são extraídas de todos os dados gerados durante a fase de teste do MVP. Vale a pena, como já dissemos, ficar de olho nos feedbacks das personas, essencialmente quanto às críticas e sugestões.
Após avaliar os resultados e realizar as devidas ponderações, é hora de remodelar a solução, a fim de torná-la alinhada às expectativas dos futuros clientes do negócio.
Existem também alguns erros que devem ser evitados a todo custo durante o desenvolvimento de um MVP, como:
A criação de um MVP (Minimum Viable Product) é decisiva para aparar arestas antes do lançamento de uma solução em larga escala. Além disso, o método amplia a chance de atrair parceiros interessados em acelerar o crescimento da sua startup. Ao seguir esses 8 passos, você já tem meio caminho andado até o sucesso. Quer conhecer outras dicas imperdíveis para impulsionar sua startup? Assine nossa newsletter e não perca nenhum conteúdo!