Estamos vivenciando um processo que se revela necessário e irreversível: a transformação digital. No contexto atual, as empresas que não mostrarem ter capacidade de se adaptar ao presente cenário de alta competitividade, proveniente dos avanços tecnológicos, eventualmente, serão engolidas pela concorrência. Na prática, a evolução da tecnologia trouxe um universo de possibilidades para os negócios dos mais diversos nichos de mercado, mas a grande questão é: "a sua companhia tem maturidade digital suficiente para aproveitá-las?". Nas próximas linhas, você entenderá esse conceito mais detalhadamente. Além disso, descobrirá o nível de maturidade do seu empreendimento. Continue a leitura!
Antes de descrevermos cada um dos cinco níveis de maturidade da transformação digital, é importante que você entenda do que estamos falando. Em termos simples, maturidade digital é a expressão empregada para se referir à capacidade que uma organização tem de competir no meio digital. Logo, para que essa competição seja viável, é imperativo que a empresa seja adaptável às inovações do mercado, respondendo às demandas do seu público-alvo com tanta eficiência quanto possível. Significa que o nível de maturidade de uma companhia pode ser mensurado pela avaliação da sua capacidade de se adaptar e de utilizar — de maneira efetiva — as novas tecnologias, tanto na estratégia empresarial quanto para a geração de valor. Nesse contexto, porém, é necessário destacar que maturidade digital e transformação digital não se confundem. Afinal, a segunda se refere à inserção de ferramentas e soluções tecnológicas novas no planejamento estratégico de uma empresa, tornando os seus processos digitalizados. Já a primeira indica o quanto o negócio pode compreender e integrar o contexto digital estabelecido. Após esse entendimento, é chegado o momento de descrever os estágios de maturidade da transformação digital elencados a seguir.
Também conhecido como nível 1, nesse primeiro estágio, estão os empreendimentos mais resistentes à tecnologia e que não se mostram realmente dispostos a mudar. Por isso, fazem pouco — ou nenhum — uso de soluções digitalizadas. Em alguns casos, também se enquadram nessa categoria as companhias que até têm interesse em adotar ferramentas digitais, mas desde que seja no intuito de dar continuidade ao que já fazem. Por exemplo, podemos citar as empresas que implementaram a digitalização dos documentos, porém, exclusivamente para facilitar o armazenamento. Ou seja, estamos falando de uma mudança que não objetiva ser estrutural, modificando verdadeiramente a maneira como a organização atua. Via de regra, o propósito é apenas tornar as atividades mais céleres. A grande questão é que os negócios que se mantêm nesse estágio tendem a perder espaço para os concorrentes.
O nível 2 abarca os empreendimentos que estão dando os passos iniciais rumo à experimentação das soluções tecnológicas. Neles, a gestão já compreende a relevância da transformação digital e deseja elevar os níveis de qualidade do seu modus operandi. Então, nesse segundo nível de maturidade, a tecnologia já se torna uma aliada e serve como base para que os processos internos sejam automatizados. Na prática, trata-se de uma etapa transicional. Além disso, em geral, as companhias que se enquadram nessa fase, normalmente, o fizeram por pressão do mercado, em razão da alta concorrência. Então, somente com o passar do tempo, os projetos disruptivos começam a ganhar mais espaço.
No nível 3, temos as empresas que já implementaram uma cultura voltada à inovação e recorrem à tecnologia como um elemento imprescindível na elaboração das suas estratégias. Nesse terceiro estágio, a tendência é de que haja mais colaboração em prol dos demais, facilitando mudanças mais significativas. Em outras palavras, estamos falando de organizações que se mostram capazes de estruturar o processo de transformação digital com mais clareza. Por exemplo, definindo os profissionais que serão encarregados de cada implementação e determinando os investimentos a serem feitos nesse sentido.
O nível 4 abrange as organizações que já são verdadeiramente digitais e adotam um modelo de negócio disruptivo. Ou seja, estamos falando de companhias alicerçadas nas soluções tecnológicas, com toda a sua infraestrutura pautada em inovação e tecnologia.
Indiscutivelmente, o nível 5 é o mais difícil de atingir, englobando as corporações que estão em uma posição de liderança no seu setor de atuação, tanto no que se refere à inovação quanto no que diz respeito a resultados. É o caso da Google, por exemplo. No quinto estágio, pode-se dizer que, em se tratando de transformação digital, vale a máxima "o céu é o limite". Inclusive, é por essa razão que nem mesmo é possível afirmar que a quinta etapa é a última nessa escada de ascensão. O que se pode dizer, na verdade, é que representa o nível mais evoluído, no qual todas as companhias são capazes de romper as barreiras e liderar a inovação em âmbito mundial. Isso, por sua vez, torna viáveis a abertura de novos mercados e/ou a reconfiguração de um tipo de serviço prestado ao público. A Apple também é um excelente exemplo, já que está constantemente trabalhando com o que há de mais inovador.
De maneira simples, o ponto de partida para identificar em qual nível de maturidade uma organização está é recorrer a um diagnóstico empresarial, que envolve questionamentos e respostas objetivas. Nesse processo, é imperativo que o empreendimento determine quais são as áreas que têm mais importância para o atingimento do sucesso e, de acordo com o próprio contexto, atribua pesos distintos a cada uma. A seguir, veja alguns exemplos de perguntas que ajudarão a reconhecer o nível de maturidade da sua companhia:
Assim, uma vez diagnosticada, a organização deve priorizar os investimentos conforme os aspectos que precisam ser mais bem desenvolvidos para viabilizar o atingimento do nível seguinte. A trajetória é como uma escada — pular degraus não é o caminho. O percurso ideal envolve o desenvolvimento, a adoção e o gerenciamento de soluções, até que a companhia esteja preparada para ascender.
Um ponto que é fundamental ter em mente se refere à evolução digital pela qual os negócios — dispostos a inovar — passam: o processo não é necessariamente igual para todas as empresas. Ou seja, a jornada sofre variações, principalmente, de acordo com a área de atuação. Contudo, existem algumas práticas gerais que podem ser grandes aliadas na superação dos desafios que surgem ao longo do caminho e no aumento do nível de maturidade digital, a exemplo das listadas, a seguir:
Inovar é mais do que buscar um diferencial competitivo, mas sim, uma questão de sobrevivência. Nesse sentido, é fundamental ter em mente que esse processo demanda uma evolução significativa, tanto no que diz respeito à tecnologia quanto no que se refere à transformação digital. Logo, identificar o nível de maturidade do seu empreendimento é determinante para trilhar o melhor caminho a fim de elevar os seus resultados. Aproveitando o gancho, aprofunde-se no tema: baixe gratuitamente o nosso e-book sobre transformação digital.