No âmbito empresarial, não há dúvidas de que “inovação” é a palavra de ordem para as organizações que desejam manter uma vantagem competitiva no mercado atual. No entanto, você sabe o que é inovação radical e por que ela recebeu esse nome? Em suma, o conceito remete à total transformação de um serviço e/ou produto. Ou seja, trata-se de uma oferta que, atualmente, não é disponibilizada pelo negócio, havendo uma estreita relação com a ruptura de paradigmas. Quer entender mais a fundo o que é inovação radical, como funciona na prática, quais são as suas principais características, entre outros pontos igualmente relevantes? Continue a leitura deste post!

O que é inovação radical e quando vale a pena investir nela?

A expressão, que surgiu em 1939, na obra “Business Cycles”, de Joseph Schumpeter, em suma, diz respeito ao desenvolvimento de um serviço e/ou produto completamente novo, explorando horizontes novos — mercadologicamente falando — e gerando impactos não apenas no âmbito interno das empresas, mas em todo o segmento ao qual a organização pertence. Em outras palavras, para que a inovação radical seja realmente caracterizada, a ideia da solução proposta deve diferir das demais já existentes e presentes no mercado. Então, seguindo um sentido oposto ao das companhias inovadoras convencionais, que, por norma, concentram os seus esforços no investimento em inovações menos onerosas e que envolvam poucos riscos, a partir da melhoria incremental do core business, a inovação radical é voltada ao desenvolvimento de serviços e produtos de grande impacto. Assim, os empreendimentos exploram novos segmentos, encontrando nichos completamente distintos. Diante disso, surge a dúvida: quando é válido recorrer à inovação radical? Inicialmente, vale a pena destacar que não existe uma resposta exata para essa pergunta. Assim, tudo depende do cenário da organização e do contexto no qual ela está inserida. O mais recomendável é que, antes de tomar quaisquer decisões, você dedique um tempo à análise do mercado, do perfil dos seus clientes, da forma como a concorrência atua e dos próprios processos do seu negócio. A partir desse estudo mais detalhado, será possível avaliar se a sua companhia está estagnada e, principalmente, se há meios viáveis de explorar novos setores e desenvolver novas soluções. O mais essencial nessa decisão é se certificar de que existe uma necessidade real de se reinventar ou de que o produto e/ou serviço que a sua marca entrega ao mercado já não é mais o suficiente para o suprimento das demandas atuais.

Qual é a sua importância e como ela funciona na prática?

As inovações radicais são aquelas que verdadeiramente “mudam o jogo”, oferecendo soluções revolucionárias ao mercado — daí a sua importância. Contudo, embora sejam as mais impactantes, na prática, também são as que demandam investimentos extremamente significativos — não só financeiros, mas também de tempo, de tecnologia, de pesquisa, de esforços, etc. Além disso, há que se falar que existe o risco de toda essa movimentação potencialmente revolucionária não gerar os resultados esperados. Basicamente, a inovação radical é um investimento que se faz no futuro da organização. Afinal, se você idealiza uma solução com potencial de ser validada pelo mercado, você trabalha com a oportunidade de crescer e ir além da projeção do setor em que atualmente a empresa atua. Mas, como toda inovação, há riscos e, nesse caso, eles são “distribuídos” em possibilidades múltiplas. Em uma analogia ousada, não se trataria de “reinventar a roda”, mas, sim, de criar uma alternativa superior para desempenhar a sua função.

Quais são as suas principais características?

A inovação radical, por norma, é vista como um pioneirismo — ou, mais ainda, como uma manobra que envolve grandes riscos. Nesse sentido, como as suas principais características, podemos destacar:

• alto impacto;
• necessidade de elevados investimentos;
• possibilidade de expansão da atuação do negócio;
• tempo de implementação mais extenso;
• desenvolvimento de uma grande capacidade de reinvenção e de renovação da empresa.

Inclusive, ao avaliar as suas peculiaridades mais marcantes, é possível rapidamente diferenciá-la da inovação incremental, cujo objetivo é otimizar uma solução preexistente. Comparada com a inovação radical, que se concentra no desenvolvimento de algo novo, a incremental pode parecer “não tão inovadora assim”. No entanto, acredite: quando bem-feita, pode gerar excelentes resultados, como a elevação da margem de lucro e o aumento da satisfação do público.

Como é possível identificar qual é o melhor tipo de inovação para o negócio?

Entendida a diferença entre inovação incremental e radical, não raramente, surge a dúvida acerca de qual tipo é o mais adequado para a sua empresa. De forma geral, a inovação incremental pode ser a melhor alternativa quando a organização já tem um produto e/ou serviço validado pelo mercado, mas que requer a implementação de melhorias a fim de continuar suprindo adequadamente as necessidades dos clientes. Na verdade, esse cenário é bastante comum, afinal, por mais tecnológica que a solução fosse no momento do seu lançamento, com o passar do tempo, é natural que ela se torne “ultrapassada”. No entanto, se você vem identificando outras circunstâncias, como a obsolescência do seu produto e/ou serviço, a preferência dos consumidores pelas soluções oferecidas pela concorrência, a falta de atratividade da marca perante novos clientes — ainda que existam estratégias voltadas a esse objetivo —, a queda da lucratividade e dos resultados e a perda de competitividade no mercado, talvez seja hora de investir na inovação radical. Assim, você terá a chance de:

• estabelecer uma nova relação entre a sua solução e o seu público-alvo;
• colocar a sua empresa em uma posição de vanguarda no mercado;
• criar conexões novas na sua área de atuação,

Entendeu como a inovação radical, embora, como o próprio nome já indica, esteja estreitamente ligada à ideia de transformações drásticas e mudanças profundas, pode “virar o jogo” para a sua empresa, tirando-a da estagnação? Afinal, é justamente essa ruptura de paradigmas que ela provoca que consegue transformar os mercados já existentes e criar outros. Agora, aproveitando o gancho, que tal conferir também o nosso post que explica o que é um ecossistema de inovação? Vamos lá!