Em um ambiente propício à expansão, a adoção de soluções de inteligência artificial (IA) na indústria 4.0 é cada vez mais presente e necessária. Nesse modelo organizacional, os processos industriais são digitalizados e caracterizados pela intensificação da automação. O resultado é a conquista da máxima eficiência produtiva, simultânea à redução de falhas e de custos. Para alcançar esse patamar, entretanto, é preciso reunir um conjunto de elementos, essenciais para a profunda e contínua transformação digital das indústrias. Basicamente, a mudança deriva do desenvolvimento de diferentes clusters tecnológicos. Entre outras coisas, eles são dedicados à computação em nuvem, à IoT (Internet das Coisas) e ao advanced analytics. É aí que as startups entram em cena como agentes fundamentais da aceleração das etapas relacionadas à inovação industrial. Em vez de investirem nesses clusters, as indústrias firmam parcerias com startups voltadas a eles. No momento, a maioria delas atua na promoção de soluções de IA devido ao diferencial competitivo proporcionado a variados segmentos industriais. Está interessado em saber como essa contribuição das startups acontece na prática? Continue conosco e descubra!
A atuação das startups se divide em quatro clusters de tecnologia de ponta. Cada um deles engloba nichos específicos, como aqueles que mencionamos brevemente há pouco. Há, por exemplo, um cluster voltado ao estudo e à criação de soluções ligadas à manufatura de alta performance. Aqui, o foco consiste em apresentar soluções atreladas ao melhor aproveitamento energético, à biotecnologia e ao uso de materiais avançados, como os cada vez mais valiosos semicondutores. Já os clusters de poder computacional são aqueles direcionados ao blockchain, à nuvem e à IoT. O blockchain, inclusive, tem sido fundamental para preservar a integridade de dados relativos à produção e à distribuição. Desse modo, é possível proporcionar muito mais segurança na hora de repassar informações aos fornecedores, por exemplo. Um terceiro cluster concentra os esforços na área de realidade virtual e aumentada, além de dialogar com soluções de robótica. Por fim, temos finalmente o cluster com startups inteiramente dedicadas à IA. Além do já citado advanced analytics e da própria automação industrial, é importante ter em mente que esse cluster também está vinculado ao progresso da visão computacional. Nesse último caso, estamos nos referindo ao processamento e à interpretação de imagens realizados por máquinas. Para tanto, elas precisam ser dotadas de sistemas baseados em algoritmos avançados, indispensáveis para a máxima precisão de objetos e cenários. Ao lado de diferentes periféricos, como câmeras, infravermelhos ou sensores térmicos, é possível que uma máquina colete os dados necessários para entrar em ação. O uso, não se limita à parte de produção em si de uma fábrica. Atualmente, a visão computacional vem sendo muito utilizada para aperfeiçoar o controle de qualidade do que é produzido. Com a elevada capacidade de processamento e uma ampla base de dados, os robôs podem detectar problemas que passariam facilmente despercebidos pelo olhar humano.
Pautadas em modelos de gestão ágeis, equipes multidisciplinares e infraestrutura adequada, as startups são praticamente imprescindíveis para o salto da indústria 4.0. Isso, inclusive, não vale somente para firmar parcerias de negócios, mas igualmente para absorver o bom exemplo. Não à toa, empresas com décadas de existência e gigantes em seus segmentos, como a GE, replicaram métodos difundidos principalmente por startups. Isso acontece principalmente com relação aos métodos de gestão, o que evidencia que a transformação precisa ser incorporada a múltiplos processos. Por sinal, essencialmente para organizações acostumadas com outros padrões de produção, inovar se torna algo difícil, além de exigir a injeção de recursos em diferentes tipos de inovação. Fazer tudo isso em simultâneo, em que se mantém a linha produtiva em curso, é um desafio que tende a inviabilizar a realização das medidas necessárias. Nessas circunstâncias, a empresa corre o risco de “patinar”, permanecendo em estado de inércia. Soma-se a isso que o ritmo das mudanças tecnológicas está cada vez mais acelerado, o que também dificulta o seu acompanhamento de perto. A solução para todos esses entraves consiste na busca de ajuda externa qualificada. Nessa linha de raciocínio, vale a pena considerar, por exemplo, a montagem de um ecossistema de inovação com startups. A partir de seus diferentes clusters de atuação, elas podem prover soluções que abrangem toda a cadeia produtiva da indústria. Com um bom plano de transição e aprimoramento dos processos industriais 4.0, a organização economiza tempo e dinheiro, enquanto fortalece a sua vantagem competitiva no mercado. Sempre é bom lembrar que a qualidade da transformação digital implementada pelas empresas diz respeito à ampliação da descoberta de fraquezas e de novas oportunidades. Dado o volume atingido pelo Big Data, por exemplo, é preciso recorrer a tecnologias capazes de tratar esses dados apropriadamente. A partir da infraestrutura adequada, a empresa tem mais condições de rever e aprimorar o planejamento de sua produção. O aumento da precisão das análises de dados também ajuda a antecipar a detecção de problemas no funcionamento de equipamentos e demais dispositivos. Logo, a organização ganha tempo para acionar algum plano de contingência ou providenciar a própria substituição da máquina problemática.
Sem as startups, está claro que a transformação digital e a transição das empresas para a indústria 4.0 seriam muito mais lentas. Mas como estabelecer essas parcerias tão importantes? Existem alguns aspectos que devem ser levados em consideração, como:
Profundamente conectadas ao panorama de inovação industrial, as startups desempenham um papel altamente relevante para o avanço dos processos industriais 4.0. Resta encontrar qual é a melhor maneira de firmar uma parceria que seja duradoura e benéfica para ambas as partes. Para facilitar a sua vida, comece com um bom planejamento. Assim, aproveite para conferir os 7 passos para criar um plano de transformação digital eficiente!