A metodologia de Proof of Concept (PoC) se tornou parte importante do dia a dia de empresas, especialmente, das startups. Como negócios inovadores e preocupados em lançar produtos que, de fato, resolvam problemas dos seus clientes, é quase indispensável que essas empresas utilizem o PoC como metodologia em seus processos. Afinal, você sabe do que se trata esse modelo e como ele pode auxiliar empresas e criadores a chegarem mais perto do seu objetivo final, isto é, as vendas? Confira este guia sobre Proof of Concept, descubra o que é PoC e, ao final, veja um passo a passo básico do processo que pode ser aplicado a diversos negócios. Continue a leitura!
Proof of Concept (PoC) é a validação de uma ideia de negócio. Consiste em “tirar a prova” ou validar aquele conceito no mercado. Em outras palavras, trata-se de saber se aquela ideia de produto ou serviço vai encontrar clientes e uma audiência interessada em adquiri-la. Sendo assim, o Proof of Concept, normalmente, é utilizado por empresas pequenas ou startups com uma ideia de solução para determinado problema. Naturalmente, é assim que muitas startups surgem — elas identificam um problema ou uma dor de determinado grupo de pessoas e criam soluções para resolver a questão.
O planejamento inicial de um negócio pode ter uma base sólida, mas nem sempre as expectativas dos empreendedores vão ao encontro das demandas dos clientes. É possível que o criador da ideia tenha vislumbrado apenas um lado do problema inicial — ou que ele não atenda à totalidade de necessidades do público-alvo. Veja alguns problemas que o Proof of Concept ajuda a evitar:
De forma geral, realizar um PoC é interessante em duas situações. A primeira envolve a manutenção do foco dentro do próprio negócio, com a aplicação do Proof of Concept no intuito de trazer inovações para dentro da organização, seja para a resolução de um entrave específico, seja para um departamento. Então, nesse primeiro cenário, teríamos uma organização adquirindo uma solução e fazendo uso dessa ferramenta para a sua avaliação. Nesse contexto, o empreendimento pode pertencer aos mais diversos segmentos de atuação, logo, nessa aplicação do PoC, há uma ampla gama de possibilidades. A segunda situação ocorre quando uma companhia realiza um PoC para a comercialização do seu produto ou serviço. Ou seja, a empresa está vendendo a solução para o mercado. Nesse cenário, diferentemente do anterior, a aplicação do Proof of Concept se dá visando a solucionar um problema enfrentado pelo público-alvo da marca. A ideia é se certificar de que a oferta aos consumidores realmente vai satisfazê-los. Nesse segundo caso, é importante pontuar que as aplicações são um pouco mais limitadas. Normalmente, companhias que atuam com o desenvolvimento de sistemas que disponibilizam desse tipo de suporte. Resumidamente, a aplicação do Proof of Concept poderá variar de acordo com a situação. No entanto, o objetivo será sempre o mesmo — a validação de um conceito ou de uma ideia.
As vantagens da aplicação do Proof of Concept são inúmeras, mas a seguir, elencamos as principais. Veja!
Como falamos de um teste prático e rápido, negócios de todos os portes podem fazer a testagem das várias soluções em um intervalo de tempo reduzido. Isso auxilia a companhia a ter uma rotatividade maior de tecnologia.
Com o PoC, a solução é exposta às inconveniências cotidianas, mesmo antes de ser adquirida. Então, a sua validade é testada e, em alguns casos, aprovada para a implementação, o que eleva o grau de acerto dos investimentos.
Decorre tanto dos acertos, dos quais falamos, quanto em razão de a nova tecnologia empregada ser satisfatória para todo o setor, de modo a gerar economias.
Em vez de comercializar uma solução fixa e pronta para o seu público-alvo, você aplicará o PoC para garantir que o que será ofertado está alinhado às necessidades reais dos clientes. Agora, há cuidados a serem adotados para que a prova de conceito seja realmente eficiente. Inicialmente, é fundamental ter em mente que elaborar um Proof of Concept se equipara à preparação de documentos similares àqueles que fazem parte de projetos tradicionais de desenvolvimento de softwares. Assim, é preciso cobrir tanto os detalhes funcionais quanto os técnicos, incluindo até a explicação acerca do design. Contudo, não para aí, já que também é altamente recomendável:
Embora o Proof of Concept possa variar conforme o nicho de atuação do negócio, alguns passos básicos podem delinear o modelo de aplicação do PoC. Confira!
Quem está fazendo o que na organização? O primeiro passo é estabelecer os membros-chave do time que vai organizar e lançar o PoC. O gestor deve estar apto a entender as tarefas de cada membro da equipe, desde aqueles que estão desenvolvendo o produto (ou serviço) até os que estão envolvidos no marketing. A seguir, é recomendada a definição do público-alvo. Quem são as personas que compõem a audiência-alvo do produto ou serviço? Quais são as dores dessas pessoas? Como a ideia do negócio pode gerar soluções para essas dores e atender às demandas das pessoas? Se o gestor não sabe as respostas para essas perguntas, é interessante conduzir uma pesquisa de mercado para aprender mais sobre os clientes em potencial, e como a solução apresentada pelo negócio pode atendê-los. Com isso, é possível determinar as metas. Definir os objetivos do serviço faz mais do que apenas produzir uma linha de atuação básica para o negócio seguir. Também ajuda o empreendedor a manter em mente os objetivos à frente dele, e isso gera disposição para continuar.
O planejamento abrange a maior parte do lançamento de um produto. É natural que os empreendedores invistam tempo e energia em fazer a ideia do negócio decolar e sair do papel. O prazo é um ponto-chave para definir o quanto de tempo será investido no Proof of Concept. Quando o empreendedor cria um período para bater suas metas, ele consegue ter uma boa ideia sobre a tração daquele produto, isto é, se a ideia encontra valor no mercado. Definir um prazo para o PoC acontecer também é interessante para agilizar o processo e evitar que a equipe ou as pessoas envolvidas fiquem muito tempo em cima de algum detalhe que, no final das contas, não impede o lançamento. Atualmente, muitos produtos são lançados em formato beta, um formato de testes. Depois, são aperfeiçoados conforme encontram afinidades com os desejos dos clientes ou não.
Se o negócio ainda não tem um protótipo da ideia, agora é o momento de desenvolvê-lo. O protótipo vai dar uma visão de como o produto funciona e se há falhas que precisam ser melhoradas antes de testá-lo. Uma vez que o protótipo foi desenvolvido, o empreendedor precisa estar apto a colocar no mercado o mínimo produto viável (MPV), o qual funcione de maneira semelhante ao produto final.
Não é interessante buscar investimentos (seja por meio de crowdfunding, seja a partir de parcerias com empresas já consolidadas) sem antes testar o protótipo. É recomendável ter alguns consumidores — que, geralmente, representam uma amostra do público-alvo — para testar o produto ou serviço e dar feedbacks. Nessa etapa, é fundamental que o empreendedor se mantenha aberto a ouvir o que os clientes têm a dizer. Se a maioria deles concorda que algo precisa ser mudado, por exemplo, é hora de aperfeiçoar esses detalhes antes de lançar para uma gama maior de consumidores.
No início do processo, o empreendedor definiu as metas e o período de tempo para alcançá-las. Agora, é hora de ir para a fase de execução e saber se a ideia será bem resolvida. É aqui que o Proof of Concept acontece na prática (embora o planejamento seja muito importante e a base de todas as etapas). É essencial avaliar os resultados com base no que foi definido no início, mesmo que a percepção do empreendedor tenha se alterado durante o processo. Entendeu o que é PoC? Como vimos, o Proof of Concept é uma ferramenta indispensável para as empresas que precisam validar a sua ideia de negócio. Às vezes, a parceria com aceleradoras ou outras empresas já consolidadas no mercado pode ajudar no desenvolvimento do PoC. No Brasil, por exemplo, o Startup Creator atua como uma metodologia para prototipar e testar modelos de negócios e impulsionar a criação de uma nova startup. Quer saber mais sobre o universo de startups? Então, aproveite para seguir as nossas redes sociais e acompanhar as próximas publicações: Facebook, Instagram, YouTube e LinkedIn.