Por que startups fecham? Entenda as principais causas do fracasso

Se você tem uma startup, já deve saber que o grande objetivo dela é revolucionar o mercado no qual está inserida. No entanto, assim como qualquer outro tipo de negócio, existe uma quota de incerteza e risco envolvida no processo. Para que o sonho de ter uma empresa bem-sucedida tenha um final feliz, você precisa entender por que startups fecham. Ao conhecer as principais causas que levaram ao fechamento de outras organizações do meio, você passa a enxergar o negócio com outros olhos. Acredite: visualizar os erros do passado e estar disposto a aprender com eles para evitar os mesmos equívocos, proporciona uma vantagem considerável. Só em 2021, os investimentos em startups brasileiras alcançaram a expressiva marca de R$ 46,5 bilhões. Pensando nisso, selecionamos alguns dos motivos mais comuns que interrompem as atividades de logtechs, fintechs, insurtechs e startups de outros segmentos. Afinal, sua startup precisa estar no caminho certo para participar dessa onda de aportes financeiros. Quer ficar longe da lista de startups que fracassam? Veja, a partir de agora, o que você não deve fazer!

Mirar muito na solução e se esquecer do problema

O primeiro erro merece destaque especial porque costuma ser fatal para a longevidade de uma startup: oferecer uma solução alheia a um problema real do mercado. Muitas vezes, inclusive, o serviço ou produto oferecidos são, realmente, geniais. Contudo, eles não resolvem a dor do público-alvo almejado. É como se você fornecesse respostas brilhantes, mas as direcionasse às questões erradas. Antes mesmo de escrever a primeira linha do planejamento, as pessoas por trás da iniciativa tendem a buscar algo totalmente inovador. Até aí, tudo bem, já que a inovação disruptiva faz parte mesmo do universo de startups. No entanto, é preciso ter cuidado para confirmar qual é o verdadeiro grau de utilidade dessa novidade. Para manter distância do que é a principal causa de fechamento de startups, vale a pena sempre avaliar se o propósito inicial ainda se mantém. Ao mesmo tempo, a solução precisa partir do problema, e não o contrário — até porque, se você pensar bem, o pensamento invertido nem faz sentido. Para facilitar, lembre-se de que inovação e tecnologia não são necessariamente a mesma coisa, mas precisam andar de mãos dadas. Tenha em mente que inovar significa fazer algo com uma abordagem diferente, mais ágil e efetiva, à procura de resultados melhores. Assim, criar um dispositivo dotado de tecnologia de ponta que, na prática, não ajuda, é perda de tempo e de dinheiro.   Trata-se de algo simples, mas frequentemente esquecido pelos proprietários de startups que se deixam levar pela empolgação. A dica faz com que os gestores mantenham um sinal de alerta para a possibilidade de começarem a inovar por inovar.

Usar uma metodologia ruim para validar o modelo de negócio

Outro erro comum se refere à negligência na hora de validar a ideia central que movimentará todo o negócio. Normalmente, a maioria dos gestores opta por realizar pesquisas e mais pesquisas com as pessoas que compõem o público ideal. Só para ficar claro, essa ação é mesmo necessária. Porém, ela jamais deve ser usada para cravar a viabilidade de uma ideia. Isso porque o mundo real exige a realização de testes, que cumprem o papel de demonstrar como as pessoas reagem diante da solução. Observe que elas reagem e deixam rastros por meio de conjuntos de dados. A partir da coleta e do tratamento adequado dessas pistas, é possível descobrir informações valiosas. O detalhe, aqui, é que essas são respostas que dificilmente seriam obtidas em pesquisas convencionais.  Além disso, submeter a solução a testes práticos serve para verificar se, por acaso, o projeto não está mais complexo do que deveria. Nessa linha de raciocínio, o MVP (Produto Mínimo Viável, em português) também exerce um papel fundamental. Se, após uma análise honesta e profunda do MVP, os sócios concluírem que é necessário enxugar a infraestrutura do projeto, que assim seja feito. O excesso de detalhes, principalmente no começo, só prejudica o desenvolvimento do negócio. Em vez disso, é bem mais interessante e promissor se concentrar na elaboração de um Proof of Concept completo, mas sem ser exagerado. Atenha-se ao que não pode faltar, como a etapa de medição dos resultados, em vez de incluir itens desnecessários — ao menos em um primeiro momento.

Ficar à margem das aceleradoras

Também é fato notório que as startups de sucesso não alcançam o topo de seus nichos de atuação sozinhas. Para ganharem a posição de scale up, elas contam com os aportes financeiros efetuados por empresas aceleradoras. O problema consiste em se tornar atrativo para essas organizações investidoras. Esse fator ressalta a importância de se preparar apropriadamente para apresentar a ideia do negócio a potenciais investidores. Em feiras e eventos, por exemplo, o pitch perfeito pode ser o que faltava para a startup receber a atenção desejada. Independentemente das características do encontro com possíveis parceiros e investidores, existem alguns pontos que se repetem. Um deles é a qualidade da mensagem, que precisa ser clara e bem objetiva. Evidentemente, é igualmente indispensável demonstrar quais foram os resultados dos testes do serviço ou produto. Assim, você materializa a existência de um mercado realmente promissor e, consequentemente, maximiza as chances de firmar parcerias sólidas.

Negligenciar a gestão do tempo

O tempo é implacável e, em uma startup, parece correr contra ele a cada segundo. Portanto, saber como administrá-lo é vital para que os processos não sofram atrasos e, assim, as metas sejam alcançadas dentro dos intervalos previstos. Nesse sentido, sua startup deve ter à disposição uma infraestrutura tecnológica que promova agilidade na execução diária de tarefas. O Rescue Time, por exemplo, é uma ferramenta criada para monitorar o foco dos membros do projeto. O uso desse tipo de software é imprescindível para que as pessoas envolvidas na startup otimizem as horas de trabalho e se tornem efetivamente produtivas. Essa é uma conquista que depende, e muito, de um bom gerenciamento de tempo. Esses são os principais motivos pelos quais as startups fecham. Entre outras causas que poderiam ser mencionadas está a inadequação do modelo de negócio para lidar com seu próprio crescimento. Isso acontece quando a expansão não é acompanhada do planejamento de custos apropriado. Felizmente, existe um jeito certo de resolver esse problema, o qual está ligado à escalabilidade do negócio. Conheça, então, 6 ações decisivas para melhorar a escalabilidade da sua startup!