É impossível pensar em cultura data-driven nas empresas sem considerar os diferentes tipos de bancos de dados que se tem à disposição. Afinal, o contexto é marcado pelo aumento contínuo da necessidade de as empresas saberem como lidar e extrair valor do Big Data.
De forma simplificada, todos os bancos de dados são caracterizados pelo armazenamento de informações e pela adoção de uma linguagem (como aquelas utilizadas em programação): o SQL (Structured Query Language) ou o NoSQL (Not only SQL).
O ponto interessante é que, por meio de comandos específicos e curtos, é possível guardar, gerenciar, atualizar e recuperar (“chamar”) diferentes conjuntos de dados. Para tanto, recorre-se a uma ou mais vertentes de DMBS (Database Management System) — SGBD (Sistema Gerenciador de Banco de Dados), em português.
Cada um deles funciona como o dialeto de uma língua-mãe (no caso, o SQL). Portanto, exibem algumas peculiaridades de um SGBD para outro. Para fins didáticos, neste post, esses gerenciadores serão chamados de tipos de bancos de dados, os quais serão apresentados, a seguir.
Além disso, você verá como eles são indispensáveis para o crescimento de startups, sempre de olho no futuro. Preparado? Então, continue!
Um banco de dados é uma estrutura com diversas informações organizadas para que possam ser recuperadas, gerenciadas e atualizadas facilmente. É usado para armazenar informações relacionadas, como nomes, endereços e números de telefone.
Frequentemente, os bancos de dados são criados usando software de banco de dados, como Microsoft Access, Oracle ou MySQL. Esses programas permitem que os usuários criem tabelas e formulários para adicionar, ler, modificar e excluir os dados armazenados.
Essa ferramenta é usada para ajudar a armazenar dados e recuperá-los de maneira simples e prática, gerando informações relevantes sobre determinado assunto.
Nas empresas, esse recurso é utilizado para gerenciar suas informações, para ajudar as pessoas a encontrá-las rapidamente e de forma precisa e para auxiliar na automatização de processos e tarefas. Além disso, gerar indicadores importantes acerca do desempenho de vendas, do atendimento, da satisfação do cliente e de outros aspectos relevantes.
Essa ferramenta evoluiu ao longo dos anos, desde seu surgimento, no início da década de 1960. A partir de então, a tecnologia de banco de dados foi melhorada em termos de performance, escalabilidade, segurança e capacidade de armazenamento.
Novos recursos, tais como o uso de servidores de banco de dados relacionais (RDBMS) e NoSQL, trouxeram diversas possibilidades para o gerenciamento de dados. Exemplos disso são os sistemas de gerenciamento de banco de dados (DBMS) que permitiram aos usuários criarem, recuperar, atualizar e excluir dados de forma eficiente.
Outra importante tecnologia desenvolvida foi o Big Data, que também tem sido usada para ajudar a melhorar ainda mais a velocidade e a eficiência desse recurso. Além disso, os bancos de dados evoluíram para se adaptar às necessidades das empresas em relação à gestão de dados, como o uso de ferramentas de análise avançadas, recursos de segurança aprimorados e melhores métodos de backup.
Para entender a utilidade desses agrupamentos de dados no seu negócio, você deve saber que eles são categorizados como relacionais e não relacionais.
Todos os dados que podem ser agrupados e exibidos em tabelas, ou seja, com linhas e colunas, são relacionais. Diferentemente do que acontece com uma simples planilha eletrônica, entretanto, há como estabelecer relações específicas entre duas ou mais tabelas, previamente selecionadas.
Entre outras coisas, isso significa que não só o acesso aos dados é extremamente preciso e controlável. Por intermédio de alguns comandos, você tem em mãos filtros vigorosos, já considerando exceções, se assim o preferir.
Caso o database seja enorme, basta limitar os resultados. Enfim, a gestão se torna muito mais fluida, sobrando tempo para se concentrar na tomada de decisão, propriamente dita.
Não é à toa que os dados relacionais estão entre os mais utilizados. Dois exemplos que ilustram bem essa realidade são os famosos CRMs e ERPs. Neles, você já sabe, via diagrama, quais são exatamente as relações estabelecidas entre as tabelas.
A título de exemplo, existem tabelas específicas para armazenar somente os dados de clientes. Já outras guardam apenas detalhes vinculados aos pedidos de compra. Em uma terceira, verificamos os aspectos relevantes associados a cada item vendido.
Nem sempre é possível organizar dados em tabelas. Então, tudo o que não for alocado nessas estruturas é classificado como não relacional. Quer alguns exemplos? Talvez os mais visuais sejam gráficos, vídeos, áudios, imagens e tweets.
Em comum, esses dados apresentam volume elevado, o qual sofre alterações constantes — em tempo real. Enquanto os dados relacionais são geridos por meio do SQL, os não relacionais, geralmente, são tratados pelo NoSQL.
De maior complexidade, a utilização de dados não relacionais também exige uma forte cultura de data literacy dentro da empresa. Afinal, tanto a gestão quanto a extração de insights preciosos dessa poderosa fonte de informações costumam ser desafiadoras.
Agora que você tem uma visão mais nítida quanto às duas categorizações dos bancos de dados, podemos, enfim, falar um pouco a respeito dos principais modelos do mercado.
Bem tradicional entre muitos usuários, o Oracle foi lançado entre as décadas de 1970 e 1980. Com sua linguagem, o PS/SQL, oferece diversos recursos, como a diminuição do período de inatividade no decorrer dos procedimentos de atualização dos dados.
Além de rodar nos sistemas Linux e Windows, o Oracle também se destaca pelo seu poder de escalabilidade, algo vital para empresas scale up. Desse modo, você não precisa se preocupar com o aumento da demanda, pois certamente, ela será acompanhada de perto por uma infraestrutura adequada.
Concebido em 1989, pela Microsoft, o SQL Server se tornou popular em pouco tempo. Com seu T-SQL (o dialeto mencionado logo no início deste post), uma linguagem de sintaxe simples, passou a ser o preferido de muitos órgãos públicos, instituições financeiras e empresas de e-commerce.
Como o fluxo de dados tratado é criptografado, isso faz com que eles tenham camadas de segurança robustas. Parte dessa proteção deriva de um eficaz sistema de autorizações de acesso, o que aumenta o grau de privacidade dos dados. Na prática, há um forte controle para que somente pessoas realmente autorizadas participem do processo de gestão.
Em termos de associação direta com a gestão de bancos de dados, é provável que o MySQL seja o número um de menções. Parte desse sucesso e reconhecimento se deve ao seu uso por plataformas de peso, como Instagram, Facebook, Twitter e Google. Versátil, sua linguagem principal é o PHP, que funciona tanto no Windows quanto no Linux e no MacOS.
Datado de 1986, o PostgreSQL também está na lista dos tipos de bancos de dados mais utilizados ao redor do mundo. Como referência de sua importância, basta citarmos dois nomes: Apple e Skype.
Com um bom índice de escalabilidade, ele se diferencia pela proporção de funcionalidades avançadas, como a própria possibilidade de suportar recursos ligados ao NoSQL. Soma-se a isso a aceitação de variados modelos de dados, como XML e JSON.
Aqui, trazemos um representante dos bancos de dados não relacionais. Vale dizer que a filosofia NoSQL surgiu em meados de 1998 devido, justamente, às limitações dos gerenciadores de dados relacionais. Impulsionado nos anos seguintes, tornou-se uma solução indispensável em determinados contextos de advanced analytics.
Dito isso, o MongoDB é pautado na linguagem C++, além de recorrer ao Java Script durante as pesquisas. Criado em 2009, trata-se de um gerenciador de dados feito para lidar com documentos do formato JSON.
Entender as diferenças dos bancos de dados em relação às planilhas pode ajudar a organizar as informações da empresa de maneira otimizada. Assim, as chances de aproveitar todos os conhecimentos contidos no negócio são maiores.
Nesse sentido, a grande diferença entre os dois conceitos está na capacidade de armazenar e organizar uma grande quantidade de informações. Os bancos de dados têm potencial de manter uma quantia muito maior de informações.
Além disso, oferecem mais segurança, possibilidade de personalização, simplicidade de uso e facilidade de controle dos dados do negócio. Isso tudo, sem contar os filtros mais avançados, que permitem a recuperação de informações que vão auxiliar na hora de estabelecer estratégias para aumentar a lucratividade.
Os bancos de dados exercem um papel muito importante na era da informação. Por meio deles, é possível ter acesso a uma grande quantidade de aspectos dos consumidores.
Além disso, eles permitem a manutenção de informações de maneira organizada e com fácil acesso. Assim, quando for necessário entender o comportamento dos consumidores, bem como encontrar maneiras de otimizar as estratégias da empresa, é muito mais simples.
Eles ainda podem ser utilizados nos diversos setores do negócio para acompanhar indicadores. Nesse sentido, é viável visualizar dados do setor financeiro, contábil, de planejamento de produto, contabilidade, vendas e diversas outras áreas.
A otimização de processos propiciada pelo uso de um SGBD é caracterizada por uma agilidade de tempo de resposta e controle inviável em uma simples planilha eletrônica. Somente um sistema de gerenciamento robusto, como os apresentados, é capaz de selecionar e gerir dados com máxima exatidão e rapidez.
No mundo real, ter à mão soluções tecnológicas alinhadas com o ritmo e o volume de fluxo de dados que estão sob responsabilidade da empresa é fundamental. Além da questão ética ligada ao tratamento dessas fontes de informação, as organizações se beneficiam do aperfeiçoamento de suas tomadas de decisão, o que confere a elas maior diferencial competitivo.
Naturalmente, o próprio relacionamento com seu público-alvo melhora, já que consumidores e clientes sentem que suas informações estão em segurança. Esse detalhe é essencial para a imagem da marca, uma vez que estamos em uma época marcada por constantes ingerências no armazenamento de dados.
Por fim, de acordo com a necessidade das atividades desempenhadas pelo negócio, é comum que as organizações utilizem dois ou mais tipos de bancos de dados. Aqui, você viu aqueles que são mais recorrentes entre empresas de variados portes e nichos de atuação. Logo, você tem em mãos um ótimo ponto de partida.
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