Nos últimos tempos, a importância da cultura interna das empresas tem recebido uma atenção maior em meio a empreendedores, gestores e até acadêmicos em âmbito global. Afinal, falamos de um elemento que se encarrega de reunir crenças, hábitos, comportamentos, valores — morais e éticos — e políticas externas e internas dos negócios.
Ou seja, uma cultura empresarial positivamente consolidada pode motivar a força de trabalho e ajudá-la a progredir, à medida que a empresa cresce. De igual modo, uma cultura disfuncional pode empurrar a companhia e os profissionais que integram o seu quadro de pessoal para um cenário extremamente negativo, gerando uma atmosfera prejudicial e derrubando os níveis de produtividade.
Em razão da relevância do tema, nas próximas linhas, você conhecerá os principais tipos de cultura organizacional e os seus pontos-chave, para que avalie qual faz mais sentido para a sua companhia. Boa leitura!
A cultura organizacional pode ser definida como um conjunto formado por padrões de conduta, crenças, formas de pensar e valores que são compartilhados dentro de uma corporação. Diretamente ou não, indicam para os colaboradores que integram a sua força de trabalho e aos demais envolvidos o que é considerado inadequado e o que é visto como apropriado no expediente da instituição.
Ou seja, abarca os hábitos, as práticas e os princípios disseminados dentro da empresa. Assim, de maneira geral, o esperado é que todos os profissionais que atuam no ambiente absorvam essa cultura, compreendam-na e, inclusive, passem a partilhar dos mesmos valores, de modo que haja uma coerência e uma sintonia entre os trabalhadores e a organização.
Nesse sentido, um dos aspectos mais importantes da cultura organizacional é que, uma vez compreendida e absorvida pelos colaboradores, ela molda a imagem empresarial que é transmitida para o público e para o mercado. Consequentemente, esse fator influencia o nível de aceitação e o consumo das soluções da marca, por exemplo.
Mas a sua relevância vai além. Afinal, a cultura interna é responsável pelo desenvolvimento de diretrizes que podem direcionar a companhia ao sucesso, começando pelo modo como os seus profissionais enxergarão a empresa e agirão dentro dos seus limites.
Estamos falando, na prática, do reflexo da moral e da ética da organização, que naturalmente orienta os percursos que serão trilhados. Logo, quando uma empresa investe no desenvolvimento de uma cultura organizacional positiva, vários são os benefícios gerenciais que se pode observar, como:
Na prática, é importante ter em mente que não há uma única maneira de classificar a cultura interna de um empreendimento. Atualmente, a divisão mais popular foi feita pelo filósofo e autor Charles Handy, que aborda quatro tipos de cultura organizacional, como você verá, a seguir.
Nesse tipo de cultura organizacional, as tomadas de decisão estão centradas em uma única pessoa que, normalmente, é o diretor executivo ou o proprietário da empresa. Os empreendimentos que a adotam costumam ser de pequeno porte e focados na geração de resultados, em que a figura do dono é bastante forte e acumula inúmeras funções.
Na cultura de poder, ainda que a hierarquia seja bem definida, há certa limitação para o desenvolvimento e o crescimento dos profissionais e, como consequência, do próprio negócio.
Como o próprio nome sugere, envolve papéis que são rigidamente estabelecidos. Assim, cada colaborador que faz parte da empresa sabe exatamente qual é a sua posição e há pouca — ou nenhuma — mobilidade em termos de função.
Esse fator acaba impedindo que haja flexibilização nas atividades, pois cada profissional somente deve desempenhar as atribuições que estão sob a sua responsabilidade. Outra característica marcante desse modelo é a forte orientação por regras.
Então, o lado negativo é que existe pouco espaço para inovações e/ou mudanças, o que também pode barrar o crescimento empresarial.
Em meio aos tipos de cultura organizacional, esse formato é menos orientado a posições e mais voltado àquilo que deve ser executado ao longo do expediente: as tarefas. Normalmente, empresas que adotam a cultura de tarefas contam com profissionais específicos para cada atividade a ser desempenhada, o que acaba gerando ganhos em termos de eficácia e efetividade.
No ambiente corporativo, também costuma existir uma liberdade maior para a manifestação de ideias e iniciativas. Com isso, os colaboradores se tornam mais motivados e focados na resolução dos desafios.
Porém, como desvantagem, é possível citar a dificuldade de haver monitoramento e controle, pois não há um profissional "acima" do trabalhador para assegurar que as tarefas sejam bem-sucedidas.
As organizações que adotam um cultura empresarial centrada nas pessoas, via de regra, valorizam os colaboradores que compõem a sua força de trabalho. Assim, dão a eles mais espaço para que cresçam e se desenvolvam, tanto dentro do negócio quanto fora dos seus limites.
Além disso, os trabalhadores têm voz, de modo que as opiniões são escutadas e respeitadas, o que impacta positivamente a alavancagem organizacional. A tendência é de que esse modelo atraia e retenha mais talentos, em comparação com os anteriores, o que representa uma vantagem competitiva perante a concorrência.
De forma geral, esses ganhos são frutos da boa proposta de valor oferecida aos trabalhadores, com zelo pela qualidade de vida — e, claro, pelo bem-estar — e com a adoção de políticas de estímulo.
Entendeu como existem diferentes tipos de cultura organizacional e cada uma tem as suas peculiaridades? Por isso, o mais recomendável é saber identificar o modelo que a sua companhia vem adotando até então e, se necessário, buscar uma mudança de mentalidade. Afinal, as crenças e os valores disseminados pela marca definem as suas escolhas e exercem uma grande influência nos resultados alcançados.
Na sua empresa, há uma cultura organizacional positiva e bem consolidada? De que forma os seus resultados são percebidos no dia a dia? Deixe o seu comentário!