O tratamento de efluentes é um aspecto a ser considerado pelas empresas comprometidas com a sustentabilidade e o respeito à legislação ambiental. Além de garantir o cuidado com o meio ambiente, boas práticas garantem a proteção jurídica e financeira do negócio.
Neste artigo, além de entender melhor sobre tratamento de efluentes, você conhecerá os tipos de tratamento existentes e a relevância desse processo no contexto do ESG. Acompanhe!
Para compreender a importância do tratamento de efluentes, é essencial começar pela legislação vigente. Na legislação ambiental, estão estabelecidas normas relativas ao tratamento de efluentes, com um rigor especial no manejo desses resíduos devido ao potencial de risco ao meio ambiente e à saúde humana.
As indústrias têm a responsabilidade de tratar a água e seus efluentes. O Decreto 24.643/1934, conhecido como Código das Águas, foi a primeira norma a abordar o tema, sendo posteriormente atualizado pela Lei 9.433/1997 (Política Nacional de Recursos Hídricos), que definiu os padrões de qualidade da água para receber os efluentes tratados.
Outra norma que merece destaque é a Resolução 430/11 do CONAMA, que regulamenta as condições, parâmetros, padrões e diretrizes para o lançamento de efluentes em corpos de água.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, também deve ser observada, já que trata de temas sensíveis relacionados ao tratamento de efluentes, gestão de resíduos e aumento da consciência das empresas quanto ao seu impacto ambiental.
É crucial que a indústria esteja ciente dessas leis e decretos para determinar o tipo de efluente, o tratamento necessário e a conformidade com a legislação. Isso permite que as empresas conheçam seus direitos e deveres, facilita a obtenção do licenciamento ambiental e mitiga riscos de imposição de multas e penalizações.
A fiscalização das empresas por órgãos ambientais é intensificada com base no grau de poluição ou volume de efluentes lançados. Além disso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pode realizar fiscalizações se houver lançamentos fora dos parâmetros permitidos que causem danos à biodiversidade, incluindo solo, água, flora e fauna.
Se você precisa implementar o tratamento de efluentes na sua empresa, após conhecer a legislação e entender suas obrigações, o passo seguinte é avaliar os métodos de tratamento existentes. Conheça!
Esse método envolve processos como coagulação, floculação e precipitação, visando à remoção de sólidos suspensos e substâncias químicas indesejadas. É eficaz em casos específicos, mas pode demandar produtos químicos e uma análise cuidadosa dos resíduos gerados.
Baseado em processos naturais, o tratamento biológico utiliza microrganismos para decompor substâncias poluentes. É uma alternativa mais sustentável, exigindo menos produtos químicos e promovendo a autodepuração dos efluentes. No entanto, sua eficácia pode variar conforme as características do efluente.
Nesse contexto, o suporte de profissionais especializados no assunto é essencial, já que eles têm o conhecimento necessário para avaliar as particularidades de cada empresa, identificando os riscos ambientais e as ações de sustentabilidade que devem ser adotadas.
Ao escolher entre métodos de tratamento, as empresas podem alinhar suas práticas com os princípios ESG. A decisão não deve ser apenas eficiente em termos técnicos, mas também considerar o impacto social e ambiental.
Além do tratamento de efluentes, listamos outras ações de sustentabilidade que podem ser incluídas em suas estratégias:
Essas ações podem ser adaptadas conforme o setor, o tamanho, a natureza específica de cada empresa e as estratégias de ESG. Ao adotar práticas sustentáveis, as empresas contribuem para a preservação do meio ambiente, alcançando benefícios econômicos e fortalecendo a sua imagem perante clientes, colaboradores e comunidade.
A responsabilidade social corporativa e a governança ambiental são conceitos essenciais no cenário empresarial, refletindo a importância crescente da sustentabilidade e do papel das empresas na sociedade. Mas, afinal, o que é responsabilidade social corporativa e qual é a relação entre esse tema e o tratamento de efluentes?
A relação entre os dois temas está centrada na preocupação da empresa com o impacto ambiental de suas atividades e na adoção de práticas sustentáveis para minimizar esse impacto.
O tratamento de efluentes, que envolve o manejo adequado dos resíduos líquidos gerados pelas operações, é um componente significativo da responsabilidade ambiental de uma empresa e está diretamente relacionado com a implementação de práticas de ESG.
Nesse contexto, a responsabilidade social corporativa é um termo usado para se referir ao compromisso voluntário das empresas em adotar práticas que beneficiem a sociedade, indo além de seus interesses econômicos imediatos.
A integração bem-sucedida de responsabilidade social e governança ambiental corporativa permite que as empresas alcancem objetivos sustentáveis, gerem valor compartilhado e fortaleçam suas relações com stakeholders.
Empresas socialmente responsáveis e com práticas ambientais sólidas estão mais bem posicionadas para enfrentar desafios futuros e contribuir para um desenvolvimento mais equitativo e sustentável.
Como você pode ver, o tratamento de efluentes é uma pequena parte de um grande ecossistema de ações de gestão ambiental. Vincular essa prática ao ESG implica adotar medidas mais abrangentes, como eficiência energética, redução de emissões de carbono e gestão responsável de recursos naturais.
O tratamento de efluentes não é apenas uma obrigação legal, mas uma oportunidade para as empresas se destacarem como líderes em práticas sustentáveis, impulsionando seu desempenho ambiental, sua reputação e seu valor no mercado. Esse é o caminho para uma abordagem verdadeiramente ESG.
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